Quem olha para um terminal de pagamentos REDUNIQ Easy, TPA que permite aos pequenos negócios aceitarem pagamentos com cartão (Visa e Mastercard) a um custo fixo e controlado, ou para o REDUNIQ Smart, TPA Android com tecnologia contactless incorporada que, entre outras coisas, permite aos negócios a incorporação de apps para uma gestão mais eficaz de universos tão diferentes como a faturação ou o marketing, não saberá, por certo, que para se chegar a este ponto de inovação tecnológica, um longo caminho teve de ser trilhado.
Vista a pele de paleontólogo e venha connosco descobrir um pouco mais sobre a evolução dos terminais de pagamento automático ao longo da História.
TPA: cronologia de uma evolução anunciada
Primeiros passos: década de 50
Se o desenvolvimento dos terminais de pagamento automático está ligado aos cartões de pagamento, os primeiros vinte anos após o lançamento pelo Diner’s Club International e pela American Express dos primeiros cartões bancários da história (década de 50) ficaram marcados por um tipo de terminal “ligeiramente” menos automático do que aquele que hoje bem conhecemos.
Ao contrário dos TPA atuais, a leitura dos cartões naquela altura era realizada sem recurso à Internet e com o auxílio de papel-químico. Sim, leu bem, papel-químico.
Os cartões apresentavam um relevo que continha toda a informação financeira necessária para realizar uma transação. No ato de pagamento, a informação em relevo era então impressa num recibo com papel-químico pelo negócio que, posteriormente, teria que ser assinado pelo cliente e enviado aos bancos.
Apesar de não ser utilizado dinheiro físico, o processo tinha pouco de automático e muito de manual, ficando a perder, claramente, para a transação em numerário.
O nascimento do terminal de pagamentos “verdadeiramente” automático: década de 70
Foi preciso esperar quase duas décadas para que a impressão em papel químico desse lugar ao primeiro terminal de pagamento automático da História.
Tudo aconteceu graças a Forrest Parry, engenheiro da IBM que, em finais da década de 60 teve a ideia de prender um pedaço de fita magnética a um cartão de plástico. Depois de algumas tentativas, nascia em 1969 o primeiro protótipo de cartão de crédito como o conhecemos.
A IBM abraçou entusiasticamente a ideia e, depois de perceber o potencial da descoberta e aperfeiçoar o modo como a banda magnética incorporaria as informações do cliente (nome do titular do cartão, código do cartão, informações sobre autorizações e data de validade do cartão) entregou-se ao desenvolvimento de um terminal de validação que os pudesse “ler” de forma simples e eficaz.
Esta “empreitada” conheceu um final feliz em 1971, quando o IBM 360, sistema que possibilitava a configuração independente de periféricos externos, como hardware e impressoras, permitiu as primeiras leituras de um cartão na história inaugurando, deste modo, a era dos terminais de pagamento eletrónico.
Dois anos depois desta experiência, os Estados Unidos criavam, na Califórnia, o primeiro sistema de autorização de transações eletrónicas que serviu para ligar os negócios a um centro de dados agilizando um processo de pagamento que, apesar da evolução dos TPA, ainda exigia que o cliente autenticasse, por assinatura num recibo emitido pelo lojista, a transação efetuada.
A evolução era já imparável e, em 1977, na Noruega acaba por surgir o primeiro terminal de pagamentos sem fios. Autoria da Telenor Mobile, este terminal veio permitir que os vendedores aceitassem pagamentos com cartão bancário em qualquer lugar: nas roulottes de comida, nas feiras e até nas praias.
Os terminais de pagamento automático chegam a Portugal: década de 80/90
Depois de uma década de avanços consideráveis na tecnologia que serve de base aos terminais de pagamento automático, os anos 80/90 vêm não só disseminar-se os TPA com as os símbolos Visa e Mastercard, como são testemunhas da chegada do primeiro cartão de débito emitido em Portugal e da instalação dos primeiros terminais de pagamento automático nos estabelecimentos comerciais nacionais.
Tudo começa em 1986, altura em que a Unicre cria a marca Redunicre, uma rede de aceitação de pagamentos que viria a iniciar a aceitação nos estabelecimentos comerciais do primeiro cartão de débito emitido em Portugal.
No dealbar da década de 90 do século passado, esta mesma Redunicre, hoje REDUNIQ, acaba por fazer história ao instalar os primeiros Terminais Eletrónicos de Pagamento nos estabelecimentos comerciais nacionais.
No início da década de 90, são instalados os primeiros terminais de pagamento eletrónico a nível nacional.
Se até aqui, os terminais eram utilizados, sobretudo, para pagamentos provenientes de clientes portugueses, a partir de 1997, a Unicre, em parceria com a Visa International, lança uma campanha turística tremenda, na qual se percebia Portugal como um destino turístico de eleição e que incentivava os turistas a utilizar os seus cartões Visa nas empresas portuguesas – “Portugal Welcomes Visa”.
O Futuro aceita Contactless
Estamos em 2010, início da segunda década do séc. XXI. Qual matrioska, da tecnologia RFID utilizada em dispositivos antirroubo acaba por ser extraída a tecnologia NFC (Near Field Communication) que vem a revelar-se fundamental para o desenvolvimento dos TPA Contactless.
Ao permitir que as informações sejam transmitidas para um dispositivo à distância, a incorporação do NFC nos TPA inaugura a era dos pagamentos contactless (sem contacto), bastando ao utilizador aproximar o cartão bancário do terminal de pagamento.
Com o aperfeiçoamento dos dispositivos móveis, o contactless deixa de ser uma caraterística apenas dos cartões bancários e passa a figurar também nos smartphones de consumidores de todo o mundo revolucionando não só o modo como se paga, mas também, e sobretudo, o papel do terminal de pagamentos na jornada de compra.
Esta última alteração é perfeitamente visível no terminal REDUNIQ Smart a que fizemos alusão no início do artigo. Para além de permitir pagamentos por cartão ou smartphone, com Contactless, chip, MB WAY ou Apple Pay, este terminal Android dá aos negócios a possibilidade de desenvolverem apps à medida do seu negócio e das necessidades dos seus clientes no próprio TPA.
Isto passa, por exemplo, por aplicações que permitam a consulta e gestão de stocks em tempo real, realização de encomendas aos fornecedores, gestão da frota por GPS, apresentação de menus ou produtos ao cliente ou faturação no próprio terminal tornando os negócios totalmente móveis e digitais em consonância com o novo perfil de consumidor saído da pandemia.
Se isto, por si só, demonstra uma evolução inimaginável para quem, há 50 anos, desenvolvia o primeiro protótipo de TPA, não nos podemos esquecer de outros serviços que podem ser associados ao terminal, como é o caso do DCC – Conversão de Moeda.
De forma simples e prática, o serviço DCC da REDUNIQ pode ser incorporado em qualquer um dos seus terminais permitindo aos negócios, em especial os ligados ao Turismo, aceitarem pagamentos em moeda estrangeira e ainda receberem um inventivo financeiro por isso.
É difícil dizer o que o futuro nos reserva no que aos Terminais de Pagamento Automático diz respeito, mas com a sociedade a caminhar para se tornar estruturalmente “cashless” (sem dinheiro físico), o próximo capítulo na História dos TPA promete dar que falar.