Como evoluiu o Terminal de Pagamentos Automático ao longo da História

Quem olha para um Terminal de Pagamento Automático (TPA), como o REDUNIQ Easy, um TPA que permite aos pequenos negócios aceitarem pagamentos com cartão (Visa e Mastercard) a um custo fixo e controlado, ou para o REDUNIQ Smart, um TPA Android com tecnologia contactless incorporada que, entre outras coisas, permite aos negócios a incorporação de apps para uma gestão mais eficaz de universos tão diferentes como a faturação ou o marketing, não saberá, por certo, que para se chegar a este ponto de inovação tecnológica, um longo caminho teve de ser trilhado.

A História do TPA: do cartão magnético ao sistema contactless

  • 1950: lançamento dos primeiros cartões bancários;
  • 1970: nascimento do primeiro terminal de pagamento automático nos EUA;
  • 1986: UNICRE cria a marca Redunicre (maior rede de aceitação de pagamentos em Portugal);
  • 1990: instalados os primeiros terminais de pagamento eletrónico no país;
  • 1997: a UNICRE, em parceria com a Visa International, lança uma campanha a incentivavar os turistas a utilizar os seus cartões Visa nas empresas portuguesas – “Portugal Welcomes Visa”;
  • 2010: desenvolvimento dos terminais de pagamento com tecnologia contactless;
  • 2023: inovação no setor dos pagamentos com o lançamento do REDUNIQ Soft, que possibilita aceitar pagamentos no smartphone.

Agora, vista a pele de um paleontólogo e venha descobrir um pouco mais sobre a evolução dos terminais de pagamento automático ao longo da história.

Década de 50: Lançamento dos primeiros cartões bancários

Se o desenvolvimento dos terminais de pagamento automático está ligado aos cartões de pagamento, os primeiros vinte anos após o lançamento pelo Diner’s Club International e pela American Express dos primeiros cartões bancários da história (década de 50) ficaram marcados por um tipo de terminal “ligeiramente” menos automático do que aquele que hoje bem conhecemos.

Ao contrário dos TPA atuais, a leitura dos cartões naquela altura era realizada sem recurso à Internet e com o auxílio de papel-químico. Sim, leu bem, papel-químico.

Os cartões apresentavam um relevo que continha toda a informação financeira necessária para realizar uma transação. No ato de pagamento, a informação em relevo era então impressa num recibo com papel-químico pelo negócio que, posteriormente, teria que ser assinado pelo cliente e enviado aos bancos.

Apesar de não ser utilizado dinheiro físico, o processo tinha pouco de automático e muito de manual, ficando a perder, claramente, para a transação em numerário.

Década de 70: nascimento do terminal de pagamentos “verdadeiramente” automático

Foi preciso esperar quase duas décadas para que a impressão em papel químico desse lugar ao primeiro terminal de pagamento automático da História.

Quem inventou o TPA?

Tudo aconteceu graças a Forrest Parry, engenheiro da IBM que, em finais da década de 60 teve a ideia de prender um pedaço de fita magnética a um cartão de plástico. Depois de algumas tentativas, nascia em 1969 o primeiro protótipo de cartão de crédito como o conhecemos.

A IBM abraçou entusiasticamente a ideia e, dedicou-se a aperfeiçoar o modo como a banda magnética incorporaria as informações do cliente, nomeadamente:

  • o nome do titular do cartão
  • o código do cartão
  • as informações sobre autorizações
  • a data de validade do cartão

Depois de perceber o potencial, entregou-se ao desenvolvimento de um terminal de validação que os pudesse “ler” de forma simples e eficaz.

Esta “empreitada” conheceu um final feliz em 1971, quando o IBM 360, sistema que possibilitava a configuração independente de periféricos externos, como hardware e impressoras, permitiu as primeiras leituras de um cartão na história inaugurando, deste modo, a era dos terminais de pagamento eletrónico.

Dois anos depois desta experiência, os Estados Unidos criavam, na Califórnia, o primeiro sistema de autorização de transações eletrónicas que serviu para ligar os negócios a um centro de dados agilizando um processo de pagamento que, apesar da evolução dos TPA, ainda exigia que o cliente autenticasse, por assinatura num recibo emitido pelo lojista, a transação efetuada.

A evolução era já imparável e, em 1977, na Noruega acaba por surgir o primeiro terminal de pagamentos sem fios. Autoria da Telenor Mobile, este terminal veio permitir que os vendedores aceitassem pagamentos com cartão bancário em qualquer lugar: nas roulottes de comida, nas feiras e até nas praias.

Década de 80/90: os terminais de pagamento automático chegam a Portugal

Depois de uma década de avanços consideráveis na tecnologia que serve de base aos terminais de pagamento automático, os anos 80/90 vêm não só disseminar-se os TPA com as os símbolos Visa e Mastercard, como são testemunhas da chegada do primeiro cartão de débito emitido em Portugal e da instalação dos primeiros terminais de pagamento automático nos estabelecimentos comerciais nacionais.

Tudo começa em 1986, altura em que a UNICRE – Instituição Financeira de Crédito, S.A., cria a marca Redunicre, uma rede de aceitação de pagamentos que viria a iniciar a aceitação nos estabelecimentos comerciais do primeiro cartão de débito emitido em Portugal.

No dealbar da década de 90 do século passado, esta mesma Redunicre, hoje REDUNIQ, acaba por fazer história ao instalar os primeiros Terminais Eletrónicos de Pagamento nos estabelecimentos comerciais nacionais.

No início da década de 90, são instalados os primeiros terminais de pagamento eletrónico a nível nacional.

Se até aqui, os terminais eram utilizados, sobretudo, para pagamentos provenientes de clientes portugueses, a partir de 1997, a Unicre, em parceria com a Visa International, lança uma campanha turística tremenda, na qual se percebia Portugal como um destino turístico de eleição e que incentivava os turistas a utilizar os seus cartões Visa nas empresas portuguesas – “Portugal Welcomes Visa”.

Tecnologia Contactless: o inicio da revolução dos pagamentos digitais

Estamos em 2010, início da segunda década do séc. XXI. Qual matrioska, da tecnologia RFID utilizada em dispositivos antirroubo acaba por ser extraída a tecnologia NFC (Near Field Communication) que vem a revelar-se fundamental para o desenvolvimento dos TPA Contactless.

Ao permitir que as informações sejam transmitidas para um dispositivo à distância, a incorporação do NFC nos TPA inaugura a era dos pagamentos contactless (sem contacto), bastando ao utilizador aproximar o cartão bancário do terminal de pagamento.

Inovação no setor dos pagamentos com o lançamento do REDUNIQ Soft

Sempre na vanguarda da inovação no sector dos pagamentos e atenta às necessidades dos negócios num momento de transição digital, em Fevereiro de 2023, a REDUNIQ lançou a REDUNIQ Soft, uma solução de pagamento que permite a qualquer negócio aceitar pagamentos sem terminal, de forma rápida e fácil, através de uma App no smartphone ou tablet.

Em Outubro de 2023, nove meses depois do lançamento desta solução, a REDUNIQ recebe o Prémio ACEPI Navegantes XXI na categoria “Melhor Projeto Evolução Digital no Comércio de Proximidade“.

Este reconhecimento foi entregue durante o Portugal Digital Summit 2023, um evento que destacou um total de 20 projetos e instituições que contribuem para a transformação digital e inovação da economia e da sociedade em Portugal.

REDUNIQ: na liderança da tecnologia dos pagamentos por TPA

Com o aperfeiçoamento dos dispositivos móveis, o contactless deixa de ser uma caraterística apenas dos cartões bancários e passa a figurar também nos smartphones de consumidores de todo o mundo revolucionando não só o modo como se paga, mas também, e sobretudo, o papel do terminal de pagamentos na jornada de compra.

Esta última alteração é perfeitamente visível no terminal REDUNIQ Smart a que fizemos alusão no início do artigo. Para além de permitir pagamentos por cartão ou smartphone, com Contactless, chip, MB WAY, Apple Pay ou Google Pay, este terminal Android dá aos negócios a possibilidade de desenvolverem apps à medida do seu negócio e das necessidades dos seus clientes no próprio TPA.

Isto passa, por exemplo, por aplicações que permitam a consulta e gestão de stocks em tempo real, realização de encomendas aos fornecedores, gestão da frota por GPS, apresentação de menus ou produtos ao cliente ou faturação no próprio terminal tornando os negócios totalmente móveis e digitais em consonância com o novo perfil de consumidor saído da pandemia.

Outras das soluções de pagamento, também já referidas neste artigo, é o REDUNIQ Easy, um terminal pensado para negócios sazonais ou com baixo volume de faturação, onde através de uma mensalidade ajustada à faturação do negócio, com um terminal gratuito, com transações incluídas, sem ter de se preocupar com taxas por cada compra efetuada.

Este terminal permite aos negócios aceitar pagamentos “tradicionais” com cartões de crédito e débito (marcas Visa e Mastercard) através de PIN, Contactless e MB WAY.

Como já referido anteriormente, na continuidade da evolução tecnológica dos pagamentos por TPA, nasce o REDUNIQ Soft, uma solução que permite que qualquer negócio aceite pagamentos no seu smartphone por NFC, QR Code e Contactless de forma rápida e fácil através de uma App.

Se isto, por si só, demonstra uma evolução inimaginável para quem, há 50 anos, desenvolvia o primeiro protótipo de TPA, não nos podemos esquecer de outros serviços que podem ser associados ao terminal, como é o caso do DCC – Conversão de Moeda.

De forma simples e prática, o serviço DCC da REDUNIQ pode ser incorporado em qualquer um dos seus terminais permitindo aos negócios, em especial os ligados ao Turismo, aceitarem pagamentos em moeda estrangeira e ainda receberem um incentivo financeiro por isso.

É difícil dizer o que o futuro nos reserva no que aos Terminais de Pagamento Automático diz respeito, mas com a sociedade a caminhar para se tornar estruturalmente “cashless” (sem dinheiro físico), o próximo capítulo na História dos TPA promete dar que falar.