Faturação no Contactless ultrapassa valores de 2019

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Faturação Contactless ultrapassa valores 2019


A tendência que se vinha registando ao longo dos últimos meses, acaba por ganhar expressão nos dados relativos à sétima semana de desconfinamento recentemente revelados pela solução de conhecimento REDUNIQ Insights: o Contactless continua a subir e o seu peso na faturação global já é 5 vezes superior ao valor do ano passado.

Evolução do Pagamento Contactless

No que respeita à utilização da tecnologia Contactless, em muito ditada por receios sanitários dos consumidores, constata-se que o peso dos pagamentos sem contacto no total dos pagamentos duplicou face a março, representando, em junho de 2020, quase ¼ do total da faturação, um aumento de mais de cinco vezes face ao período homólogo de 2019.

Em termos percentuais, a faturação Contactless no mês de junho cresceu 278% face ao mesmo período de 2019, o que representa um peso de 24% no total da faturação global dos negócios em contraponto aos 5% que se registavam em junho do ano passado.

Faturação Contactless Evolução Homóloga

Apesar do aumento do peso dos pagamentos Contactless ser transversal a todas as áreas de negócio, uma análise mais detalhada do relatório revela-nos que na pole position encontra-se o setor da Restauração com 71% da faturação (23% em 2019) a ser providenciada por este método de pagamento seguido de perto pelas Farmácias com 64% (15% em 2019), as Perfumarias com 53% (4% em 2019), a Alimentação com 52% (18% em 2019) e os Cabeleireiros com 51% (6% em 2019).

Faturação Contactless Peso Setor Atividade

Pela maior rapidez, comodidade e higiene que o Contactless garante a cliente e comerciante, este meio que se processa mediante a aproximação de um cartão contactless a um TPA contactless está a ganhar a confiança dos consumidores como o crescimento expressivo do ticket médio (valor médio registado em cada transação) desta forma de pagamento face aos números do início do ano indicam.

De acordo com o documento REDUNIQ, em fevereiro este valor estava perto dos 15 euros e em junho ronda agora os 20 euros no que aparenta ser um comportamento que se democratizou após o período de confinamento.

Faturação Contactless Ticket Médio 2020

Não alheia a este processo de democratização do Contactless em curso, a REDUNIQ coloca ao dispor dos comerciantes um terminal de pagamento automático (TPA físico ou móvel) com tecnologia contactless integrada para que o pagamento seja processado de forma segura e higiénica.

Este TPA Contactless, para além de permitir transações mais rápidas e diminuir do risco de propagação do vírus, uma vez que o pagamento se efetua sem que cartão (ou wearables como smartphones, etc.) e terminal de pagamentos se toquem, também permite ao comerciante uma redução de custos com o manuseamento do dinheiro, transações médias mais elevadas e a garantia de que o pagamento se realmente se efetua.

Apesar de uma acalmia com o desconfinamento, o Contactless fez-se acompanhar na maré de crescimento pelos pagamentos e-commerce. No período de confinamento obrigatório, os negócios reinventaram-se e passaram de negócios físicos a negócios online, existindo um crescimento de 333% do número de adesões a soluções de pagamentos online para parte dos comerciantes quando comparado o intervalo de tempo entre 13 de março e 25 de abril de 2019 e 2020.

Se o Contactless e as soluções de pagamento online ultrapassaram os valores do ano passado, o mesmo não se poderá dizer dos valores de faturação global.

Evolução da Performance do Sistema do Retalho

Apesar da dinâmica de recuperação desde o desconfinamento, a faturação regista ainda quebras superiores a 25% face a 2019, números que o colapso no turismo e a diminuição da faturação estrangeira, com quebras superiores a 80%, justificam variação homóloga ainda insuficiente.

Para se ter uma ideia mais concreta, em janeiro e fevereiro deste ano a faturação estava em território positivo com crescimentos de, respetivamente, 2% e 7%. Contudo, a situação sofreu um forte revés durante os meses de março, abril, maio e junho, altura em que as percentagens passaram para o campo negativo com perdas na ordem dos 32% em média por mês, com particular destaque para os 46% de abril.

Neste bolo total, o setor do Turismo e, em particular, a faturação estrangeira tem uma forte palavra a dizer. Com as fronteiras fechadas e os aviões no chão, a faturação caiu do terreno positivo em que circulava nos dois primeiros meses do ano (crescimento médio de 12,5%) para quebras que entre abril e junho se situaram sempre acima de 80%.

Faturação Número Transações Evolução Homóloga

A análise da variação homóloga torna, ainda, evidente que as regiões mais impactadas são aquelas em que o Turismo tem maior peso. Lisboa, Faro, Madeira, Açores e Porto mostram, em junho, quebras expressivas face ao período homólogo de 2019.

Apesar dos recentes feriados de junho, onde se verificou uma maior afluência de turistas nacionais a regiões como o Algarve, o que acabou por impulsionar o crescimento da faturação regional (só nessa semana, o distrito de Faro aumentou em 29% a sua faturação), a recuperação não supera os valores do ano passado (51%). Também Lisboa (de 26% para 6%), Porto (de 17% para 4%), Açores (de 31% para 5%) e Madeira (de 32% para 4%), viram o influxo de faturação estrangeira reduzir-se brutalmente entre junho de 2019 e o mesmo mês deste ano.

Peso Faturação Estrangeira Distritos Maior Peso Turismo

Peso Faturação Nacional Estrangeira Região Açores Madeira

Estes gráficos tornam visível a expressão que o Turismo tinha em 2019 nos distritos com maiores quebras – Lisboa, Faro, Porto, Açores e Madeira – e o radical desaparecimento dessa procura especifica essencial para setores como a Hotelaria ou a Restauração. O relatório acrescenta ainda que, nos próximos dois/três anos, estas regiões viverão, com níveis de faturação do sistema de Retalho estruturalmente abaixo dos observados no passado recente.

Ainda segundo os dados revelados, os meses de maio e junho (até dia 20) deste ano, marcados por diferentes fases de desconfinamento, indicam uma queda do ticket médio para valores inferiores aos de maio e junho de 2019.

Evolução Ticket Médio Mensal 2020 vs 2019

Apesar do aumento do ticket médio durante o período de Estado de Emergência (março e abril), altura em que se situaram acima dos observados nos períodos homólogos. Este crescimento foi o reflexo da história de consumidores que, forçados a um confinamento, foram muito menos vezes às compras tendo gasto mais por cada ida.

Localizado temporalmente, o crescimento de março e abril acabou por desvanecer-se nos dois meses seguintes para situar-se, em junho, nos 34,35 euros face aos 37,26 euros do mesmo período do ano passado.

A rematar estes dados, o relatório explica que a tendência observada pode ser já o reflexo do adensar de uma crise económica, que dita comportamentos de compra muito mais racionais e económicos.

 

Para aceder ao relatório completo REDUNIQ Insights: Retalho | A Fisionomia da Crise e da Recuperação por favor clique AQUI

Poderá consultar os restantes relatórios REDUNIQ Insights,

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