Os números do Turismo em Portugal


Desde que a pandemia se instalou, o Turismo, ou a falta dele, tem tido destaque nos mais diversos meios de comunicação social numa base quase diária. Mas, afinal, qual é realidade do setor no momento em que o verão 2021 começa?

Mais hóspedes e dormidas em 2021 face ao ano passado

De acordo com o mais recente relatório do INE (Instituto Nacional de Estatística) relativo à atividade turística em Portugal em abril deste ano, o setor do alojamento turístico registou 460,0 mil hóspedes e 946,8 mil dormidas, correspondendo a variações positivas de, respetivamente, 762,6% e 510,8% face ao mesmo mês de 2020, momento em que a atividade turística praticamente cessou e mais 59,6% e 67,1% em relação ao mês anterior.

Quando se faz o comparativo com abril de 2019, percebe-se que o setor regista ainda valores abaixo do período pré-pandémico, tendo registado um decréscimo de 80,3% no número de hóspedes e uma diminuição de 84,2% nas dormidas.

No cômputo geral, entre janeiro e abril deste ano, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 1,4 milhões de hóspedes e 3,3 milhões de dormidas, correspondendo a perdas em relação ao período homólogo de 2020 de -65,9% e -67,2%, respetivamente

Apesar das limitações na circulação de turistas a nível europeu, no período em análise registou-se um aumento nas dormidas de “não residentes” na ordem dos 496,5% face a igual período de 2020 (-20,8% em março de 2021). A situação não foi muito diferente no caso dos turistas nacionais com as dormidas a crescerem, respetivamente, 517% no mês de abril passado face ao período homólogo de 2020 e 20,8% face a março.

Tal como aconteceu com os números totais para hóspedes e dormidas, quando se compara os números de turistas nacionais e não nacionais com abril de 2019, observam-se decréscimos de 60,3% e 93,5%, respetivamente.

Uma palavra ainda para a taxa líquida de ocupação-cama. Em abril deste ano, esta taxa atingiu os 12,9%, o que significou um aumento de 6,1 p.p. face a abril de 2020 e de 7,1 p.p. em relação a março.

Proveitos dos alojamentos turísticos registam um aumento de 838%

Este aumento na afluência e dormidas acaba por ter consequências a jusante, com os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico a atingirem 47,7 milhões de euros no total e 35,9 milhões de euros relativamente a aposento, o que corresponde a variações de, respetivamente, 838,0% e 696,4% face a abril de 2020.

Ainda que positivos, estes números encontram-se, ainda, abaixo do pré-pandemia. Comparando com abril de 2019, os proveitos totais diminuíram 85,8% e os relativos a aposento decresceram 85,6%.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 10,8 euros em abril (7,4 euros em março), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 61,9 euros em abril (51,0 euros em março). Para se ter noção, em abril de 2019, o RevPAR e o ADR foram 45,5 euros e 81,3 euros, respetivamente.

Região de Lisboa representou ¼ das dormidas em abril

Segundo o INE, a região que mais dormidas recebeu em abril foi a Área Metropolitana Lisboa com uma percentagem de 24,4% do total nacional, seguindo-se o Norte (19,7%), o Centro (15,5%) e o Algarve (14,9%).

No conjunto dos primeiros quatro meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-38,4%), RA Açores (-45,5%), Centro (-56,7%) e Norte (-63,6%), enquanto as restantes regiões, incluindo Lisboa, registaram decréscimos superiores a 70%, valores que sofrem, na generalidade do país, da ausência da quebra no número de hóspedes estrangeiros.

Numa análise mais fina relacionada com os municípios mais turísticos do país, verifica-se que, no conjunto dos primeiros quatro meses de 2021, Lisboa registou 385,0 mil dormidas (14,1% do total), que se traduziram numa diminuição de 82,1% face a igual intervalo de tempo em 2020.

Neste período, no município lisboeta as dormidas de residentes (peso de 54,4%) recuaram 50,4% e as de não residentes diminuíram 89,8%. De referir ainda que Lisboa concentrou 20,1% do total das dormidas de não residentes nos primeiros quatro meses do ano.

No caso do Funchal (6,9% do total), as dormidas diminuíram 80,9% no primeiro quadrimestre com uma quebra de 26,5% nos residentes e de 86,7% nos não residentes. Já no Porto (3,7% do total), as dormidas diminuíram 85,0% no conjunto dos primeiros quatro meses do ano (-56,6% nos residentes e -93,3% nos não residentes).

O que esperar e como se preparar para o que resta de 2021?

Ninguém tem uma bola de cristal e, no cenário atual, qualquer exercício de futurologia pode sair furado, mas de acordo com a Discover, marca reconhecida internacionalmente no desenvolvimento de soluções de pagamento, a expetativa é de que, este ano, cheguem a Portugal 21 milhões de turistas, número que pode atingir os 28 milhões por ano até 2025.

Apesar de, como vimos, a pandemia ter feito cair a atividade turística, os dados compilados pela Discover indicam que, durante o ano passado, os turistas estrangeiros deixaram no nosso país cerca de 11, 7 mil milhões de euros, valores que ajudam a colocar em plano de destaque a necessidade dos estabelecimentos turísticos não só continuarem a reforçar os seus planos de higiene e segurança, mas também disponibilizarem meios de pagamento que se vão ao encontro das expetativas e necessidades do novo perfil de consumidor saído da pandemia e que, em traços gerais, se caracteriza pela utilização crescente da tecnologia contactless e de meios digitais na reserva e pagamento dos produtos e experiências turísticas que adquirem.

Com este aumento gradual no número de turistas, particularmente os estrangeiros, em relação a 2020 os negócios terão, como referimos, que prestar uma particular atenção à gestão das reservas e dos pagamentos.

Isto passa, obrigatoriamente, pela disponibilização de soluções de pagamento para Hotelaria que tenham em atenção não só a primazia dos pagamentos contactless e online, como também os serviços de conversão de moeda, dado que uma parte importante dos turistas estrangeiros que chegam a Portugal são provenientes de países onde a moeda nacional não é o euro.

Seja através do serviço DCC – Conversão de Moeda que, de uma forma simples e rápida, permite aos seus clientes escolher pagar por cartão na sua moeda de origem, de forma transparente, informada e segura, seja através da solução de pagamentos integrados para a Hotelaria que, através da integração do TPA (terminal de pagamento automático) com os principais softwares de faturação hoteleiros, garante que os processos de check-in e check-out dos seus clientes é mais rápida, segura e eficiente.

Para além deste conjunto de soluções, há ainda a considerar o Key Enter TPA, uma solução TPA que lhe vai permitir aceitar reservas ou pagamentos à distância, diretamente do seu terminal de pagamentos.

Na prática, com o Key Enter TPA vai poder autorizar transações à distância e, deste modo, garantir que não perde nenhuma reserva. Esta solução TPA da REDUNIQ permite ainda que o cliente efetue pagamentos em casos de “no show” – quando este não utilizou nem cancelou a reversa – ou “late charge” – para consumos de última hora, detetados após a sua saída.

Além do contactless e das reservas, o Key Enter TPA pode estar associado ao serviço DCC- Conversão de Moeda e/ou à solução Pagamentos Integrados para a Hotelaria.