Self-checkout em Portugal: os prós e contras

Nos últimos dois anos, os clientes de supermercados e hipermercados foram brindados com um serviço que, aparentemente novo, já conta com quase duas décadas de existência em Portugal: a tecnologia self-checkout.

A primeira caixa self-service em Portugal

Como referimos, apesar da recente massificação deste tipo de caixas, precisamos de retroceder até 2005 para encontrarmos a primeira caixa self-service instalada no nosso país. Tal aconteceu no Pão de Açúcar do Centro Comercial das Amoreiras e, segundo fontes da altura, resultou num enorme sucesso junto do público.

Em quase vinte anos, muita coisa mudou, especialmente na tecnologia utilizada nestas caixas pay and go, desde logo no tipo de pagamentos que permitem.

Pagamentos com tecnologia self-checkout

Lançadas num momento em que os pagamentos contactless ainda estavam longe de representarem uma alternativa válida aos pagamentos com PIN ou em numerário, as novas caixas self-checkout que podemos encontrar em qualquer hipermercado perto de nós já vem equipada com os mais inovadores TPA (terminal de pagamento automático) existentes no mercado que permitem que paguemos as nossas compras com cartão de crédito/débito, por contactless, carteiras digitais (Apple Pay, Google Pay, etc.), MB WAY e até por QR Code.

Feita esta introdução, duas décadas depois da instalação das primeiras caixas self-service em Portugal, quais são os grandes prós e contras da tecnologia self-checkout?

A resposta segue já de seguida.

Prós e contras do self-checkout em Portugal

Self-Checkout – Prós

  • Maior autonomia para o cliente: o aparecimento de caixas de self-checkout contribui para uma maior autonomia do cliente na hora do pagamento;
  • Diminuição das despesas e aumento das vendas: um supermercado sem caixas tradicionais, permite aos gestores uma melhor gestão dos operadores de caixa, alocação destes a uma outra atividade, e menores gastos com recursos humanos.

A instalação de caixas de self-checkout contribui ainda para o aumento das vendas, já que permite um fluxo de utilização maior e mais rápido.

  • Mais conveniência: ao oferecer aos clientes uma tecnologia que lhes permitem fazer as suas compras de forma mais tranquila e sem filas, o seu negócio ganha uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes, especialmente em alturas de grandes volumes de compras como é o caso do Natal, Páscoa ou saldos.
  • Menos filas: o processo de self-checkout, pela sua praticidade e simplicidade, permite-lhe diminuir o tempo de espera dos clientes e evitar longas filas.

Self-Checkout – Contras

  • Ausência de interação entre funcionário e cliente: a ausência de funcionários na altura do checkout podem levar a situações de stress por parte de alguns clientes que estão menos familiarizados com a tecnologia.

De forma a contornar este contra, muitos retalhistas optam por alocar um funcionário para assistência nas caixas self-service ou a instalação de um botão para que o cliente peça, imediatamente, a ajuda de um funcionário.

  • Problemas na prevenção de perdas e menor supervisão: a ausência de um funcionário no controlo manual e visual das compras e do scan, pode originar perdas monetárias para o retalhista devido a pesagens mal efetuadas, produtos não registados, códigos de barras trocados ou até saídas sem pagamento.
  • Erros de software: tal como acontece com outras tecnologias, as caixas self-service estão sujeitas a erros de software que podem inutilizá-la durante alguns momentos.