O impacto de um ano de pandemia nos negócios portugueses

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O impacto de um ano de pandemia nos negócios portugueses


Apesar de uma quebra de faturação de 30% face à semana anterior ao encerramento da economia (de 3 a 9 de janeiro), o impacto das primeiras três semanas do novo confinamento na atividade económica está a ser menor agora do que aquilo que aconteceu entre final de março e início de abril de 2020, altura em que as perdas ascenderam a 44%.

Esta é umas principais conclusões que se retira da análise do mais recente relatório sobre a evolução transaccional do sistema de retalho português elaborado pelo REDUNIQ Insights, documento que não só analisa em continuidade a performance do sistema desde o quarto trimestre de 2020, como, também, o compara com os impactos observados em março e abril de 2020 aquando do 1º Confinamento Geral.

 

Evolução da Faturação Total 2021/2020/2019
Evolução da Faturação Total 2021/2020/2019

 

Outra diferença observada na comparação entre os dois confinamentos gerais verifica-se na performance conseguida pelas várias categorias do sistema retalhista, a começar pela saúde e pelas gasolineiras que obtiveram uma menor quebra de consumo três semanas após o novo lockdown, tendo estas reduzido em 7% e 27% a sua faturação, respetivamente, em comparação com o período das três primeiras semanas do confinamento iniciado em março, altura em que diminuíram o total faturado em 81% e 51%, respectivamente.

 

Variação Homóloga da Faturação por Categoria
Variação Homóloga da Faturação por Categoria

 

De acordo com o documento, a quebra nestas duas categorias justifica-se por, em primeiro lugar, o não encerramento de algumas áreas do setor da saúde que foram obrigadas a fechar no 1º Confinamento, e, em segundo lugar, pela maior mobilidade dos portugueses neste novo confinamento, menos restritivo que o anterior.

Entre as categorias mais resilientes às quebras neste 2º Confinamento encontram-se, de igual forma, a restauração e os cafés que, através de soluções de delivery e take-away, permitiram uma quebra de faturação menos acentuada (60%, dados de janeiro de 2021), face ao 1º Confinamento (83% de queda em março de 2020). Ainda assim, no cômputo geral, esta categoria acabou por sofrer, em termos homólogos, uma queda de 26%. Em contrapartida, as categorias de moda (- 92%), perfumarias (- 86%) e cabeleireiros (- 79%) voltaram a ter quebras bastante elevadas, devido ao total encerramento dos seus pontos de venda físicos.

Já as categorias dos eletrodomésticos e tecnologias e a do retalho alimentar (hiper e supermercados) não alcançaram neste novo confinamento um pico de faturação como tinha acontecido em março, altura em que as famílias procuraram equipar os seus lares para o trabalho e ensino remoto e abastecer as suas dispensas. Desta vez, a categoria eletrónica registou uma quebra de 23% e o retalho alimentar menos 6% três semanas após o período de 3 a 9 de janeiro.

 

Evolução da Faturação Total por Categoria
Evolução da Faturação Total por Categoria (Variações Homólogas)

Negócios portugueses fecham 2020 com uma quebra de 55% na faturação estrangeira

Este relatório REDUNIQ Insights debruça-se, igualmente, sobre a variação homóloga da faturação dos negócios portugueses obtida em 2020 e a nota de destaque vai para a quebra de 55% na faturação estrangeira e de 6% na faturação proveniente de cartões nacionais.

Para este resultado contribuíram de forma significativa as quebras registadas no segundo trimestre de 2020 – marcado pelo 1º Confinamento Geral – tendo estas atingido 36,1% face ao mesmo trimestre do ano anterior. Já os dois trimestres seguintes mantiveram quebras expressivas, apesar de menores que a anterior, com o terceiro trimestre a encerrar com uma variação homóloga de menos 14,5%, e o quarto trimestre de menos 8,4%
No total, a faturação global do sistema de retalho português desceu 16% face a 2019, resultado para o qual contribuiu, significativamente, a quebra homóloga de 36,1% no segundo trimestre de 2020.

Quanto a janeiro de 2021, o mês começou ligeiramente abaixo da realidade de 2019 e 2020 com o novo confinamento geral a determinar a reentrada nas “quebras acentuadas” com -15% face ao período homólogo, ainda assim, um valor inferior aos observados em Março de 2020, também com meio mês de confinamento obrigatório.

 

Evolução da Faturação Nacional e Estrangeira
Evolução da Faturação Nacional e Estrangeira (Faturação por Mês)

 

Também no que se prende com a realidade dos sistemas de retalho dos diferentes distritos observou-se, com a entrada neste 2º Confinamento Geral, o agravar das crises que se viveu e vive nos distritos das maiores cidades e sobretudo das regiões mais turísticas: Lisboa, Faro e Porto são os três exemplos mais prementes, tendo registado quebras de faturação de 32%, 31% e 30%, respetivamente.

Já os distritos do interior e/ou com menor população sentiram menos este impacto, nomeadamente os Açores, Beja e Portalegre, que viram a sua faturação cair 10%, 12% e 13%, respetivamente.

 

Evolução da Faturação Total por Distritos
Evolução da Faturação Total por Distritos (Variações Homólogas)

 

Quebras e reinvenção

Se o número de transações estrangeiras diminuiu vertiginosamente em Portugal perante as restrições de deslocações entre países e o receio de contágio, o que levou a um forte impacto em todas as atividades que estão direta ou indiretamente relacionados com estadias de estrangeiros como a hotelaria ou a restauração, a verdade é que a estas quebras, muitos negócios responderam com inovação.

Face a todos os constrangimentos decorrentes das restrições impostas, muitos negócios decidiram enfrentar a pandemia reinventando-se. A digitalização da atividade, de modo a responder às novas tendências de consumo que dispararam com a pandemia (facto que se justifica com o aumento dos pontos de venda contratados) e o crescimento da utilização do contactless, cada vez mais presente no nosso quotidiano e prestes a tornar-se a principal forma de pagamento, foram os dois aspetos mais visíveis dessa reinvenção.

Alinhada com estas dinâmicas, a REDUNIQ oferece diversas soluções de pagamento online e contactless que estão a ajudar os negócios a ajustarem-se a estes novos desafios como é o caso do REDUNIQ@Payments, opção que simplifica todo o processo de pagamentos à distância, ou do novo TPA REDUNIQ Smart, um terminal de pagamento Android que, além de aceitar pagamentos contactless, traz incorporadas um conjunto de apps que auxiliam os negócios na gestão e lhes permitem ser totalmente móveis e digitais.

Conheça todos os dados do Relatório REDUNIQ Insights:

Consultar Relatório

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