Apesar de continuar em terreno negativo, a faturação total acumulada dos negócios portugueses registou uma ligeira retoma no passado mês de setembro em muito devido ao turismo nacional e à rentrée. Esta é a principal conclusão do mais recente relatório sobre a evolução das transações dos negócios em Portugal durante o período pandémico elaborado pela REDUNIQ Insights.
Na sua tradução em percentagem, a faturação total acumulada até setembro registou uma quebra de 20% face ao período homólogo enquanto o valor faturado pelos negócios no mês passado encontra-se a menos 9% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Após aproximadamente 3 meses de desconfinamento, o mês de julho ainda apresentava quebras de 20% face ao homólogo. Já agosto e setembro, alicerçados, por um lado, em algum turismo, e por outro nos efeitos de uma “Grande Rentrée” levaram à recuperação para um novo patamar com perdas inferiores a 10% (por comparação com 2019).
De acordo com o documento, e apesar dos indicadores relativos a setembro se afigurarem “positivos”, os números não podem ser assumidos como indicadores seguros de que a tendência de recuperação prevalecerá. Por um lado é expectável que o agravar da crise sanitária volte a condicionar comportamentos de consumo, por outro, dever-se-á estar atento ao adensar dos impactos de uma crise económica anunciada, mas que ainda não se traduziu nos números analisados no documento.
Evolução da Faturação Total 2020/2019 (Quinzenas)
Retoma é a palavra que também pode ser dirigida à evolução do número de transações a nível nacional. Com uma variação homóloga abaixo de um ponto percentual desde 23 de agosto – os últimos registos, que compreendem o período entre 6 e 19 de setembro, indicam uma variação homóloga de menos 0,42%. Para além disso, o novo relatório do REDUNIQ Insights demonstra ainda que os portugueses, apesar de estarem a consumir mais vezes, estão a gastar menos em cada compra, sendo o valor médio por transação de 33,50€.
Evolução do Número Total de Transações 2020/2019 (Quinzenas)
Voltando à faturação, quando comparados os níveis de faturação de cartões nacionais e estrangeiros, os dados deste relatório evidenciam que, entre agosto e setembro, o consumo dos portugueses excedeu a faturação registada no mesmo período de 2019, enquanto a faturação estrangeira obteve quebras na ordem dos 50%.
Estes resultados refletem aquilo que foi a realidade nacional durante o período de verão: a forte promoção de Portugal enquanto destino turístico para os portugueses e, simultaneamente, a quebra do consumo estrangeiro devido às medidas de contenção da propagação do vírus, nomeadamente ao nível das restrições de tráfego aéreo. Por oposição a 2019, nos meses de junho, julho e agosto, existiram menos cerca de 1 milhão de viagens (de avião) de portugueses ao estrangeiro, portugueses que assim terão consumido em Portugal.
Não obstante, se analisarmos a faturação total acumulada até setembro, observamos um cenário muito semelhante, com uma quebra de 9% do consumo nacional, contrastando com a quebra de mais de 55% do consumo estrangeiro.
Evolução Mensal da Faturação Nacional e Estrangeira 2020/2019 (variação Homóloga)
Em termos geográficos, e como não podia deixar de ser, os distritos com maior atividade turística como Lisboa, Porto, Faro e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira foram as zonas onde o decréscimo de procura estrangeira mais se fez sentir, apesar de registarem melhores resultados durante os meses de verão.
Só em setembro, Lisboa alcançou quebras na ordem dos 24% face ao período homólogo, enquanto Faro, Madeira Porto e Açores registaram descidas de 20%, 20%, 16% e 14%, respetivamente. Na quase globalidade dos demais distritos, as variações observadas em setembro de 2020 face ao homólogo de 2019 são já inferiores a 10%, em vários casos, até, inferiores a 5%.
Evolução da Faturação Total por Distritos 2020/2019 (Variações Homólogas)
Em termos sectoriais e apesar da redução do consumo derivada da pandemia, o relatório demonstra que desde janeiro até setembro os setores das farmácias, do retalho alimentar tradicional e dos eletrodomésticos e tecnologia tiveram uma melhor performance que no mesmo período do ano anterior, com mais 45%, 31% e 7% de faturação, respetivamente.
Em contraponto com estas performances, estão os negócios de hotelaria (-64%), moda (-37%), e perfumarias (-35%). Em determinadas categorias, como os cabeleireiros, farmácias e retalho alimentar tradicional, esta melhoria da faturação observou-se, por um lado, pelo aumento de terminais de pagamento automático no sistema – resposta dos retalhistas ao receio dos consumidores usarem dinheiro físico – e, por outro lado, àquilo que o documento elaborado pela REDUNIQ Insights considera ser uma migração de pagamentos em dinheiro físico para pagamentos eletrónicos – desde logo pela democratização do Contactless.
Evolução da Faturação por Setor de Atividade 2020/2019 (Variações Homólogas)
“Estrela” deste ano de 2020 pelo crescimento acentuado da sua utilização e peso na faturação total dos negócios portugueses, o Contactless torna, sem surpresa, a destacar-se neste último relatório com uma representação de 28% do total de pagamentos em agosto deste ano. Em termos de utilização, este meio de pagamento registou um aumento de 19% entre julho e agosto, sendo a sua taxa média de crescimento de 18,05%. Já no que respeita ao ticket médio (valor médio por pagamento) das transações por contactless, mais de 50% são efetuadas até aos 15€, embora seja possível realizar pagamentos por contactless até aos 50€.
Evolução da Faturação Contactless 2020/2019 – Variação Mensal e Taxa Média de Crescimento (TMC)
Em consonância com o crescimento desta tecnologia, a REDUNIQ oferece aos comerciantes uma solução de TPA Contactless que além de permitir transações mais rápidas e diminuir o risco de propagação do vírus (cartão/smartphone/wearabbles e terminal não se tocam durante todo o processo), traz benefícios ao comerciante sob a forma de redução de custos com o manuseamento do dinheiro, transações médias mais elevadas e a garantia de que o pagamento se realmente se efetua.
Durante todo o processo de transação a segurança está completamente assegurada, uma vez que a REDUNIQ é a única marca em Portugal com a certificação PCI DSS, o que garante que todo o processo de pagamento Contactless é verdadeiramente seguro em todas as suas dimensões.
