Uma análise completa sobre as tendências de consumo dos portugueses tem que passar, necessariamente, pelo e-commerce. Se, em 2018, 49% dos portugueses efetuaram uma compra online de alguma espécie, em 2020 prevê-se que, de acordo com a ACEPI (Associação da Economia Digital), essa percentagem atinja os 57%, número que, contudo, continua a ficar aquém da média da UE que se situa nos 72% (dados Comissão Europeia).
A ACEPI estima que o valor do comércio eletrónico B2C (compras realizadas por consumidores portugueses) tenha ultrapassado os seis mil milhões de euros em 2019, representando atualmente 2,9% do valor do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2020, estima-se que o valor do B2C alcance quase os oito mil milhões de euros.
A intensidade de compras na Internet aumentou, com 73% dos compradores online a fazer em média mais do que 3 a 5 vezes compras por mês (dados ACEPI).
Em termos setoriais (dados REDUNIQ Insights), o pódio é ocupado pelas lojas online de desporto, que no ano passado tiveram um crescimento na faturação de 1500% em abril, seguida das perfumarias e cosméticos com 1400% e das lojas tecnológicas com 500%. As vendas online em lojas de retalho também cresceram tendo registado, em abril de 2020, um aumento de 241% na faturação e uma subida de 25% (passando de 90,24€ para 112,73€) no valor médio gasto por cada consumidor em cada compra face ao mesmo período do ano anterior.
Constata-se que as áreas de negócio mais maduras a nível de e-commerce são o segmento fashion (vestuário e calçado), hotelaria e viagens e o segmento eletrónico de consumo (telemóveis, gadgets, etc.). Por outro lado, as categorias de consumo que se encontram mais atrasadas ao nível da sua adoção são a saúde e o setor automóvel.
Este crescimento expressivo deve-se, sobretudo, ao aumento da presença na Internet das micro e pequenas empresas (que representam a maioria do tecido empresarial português), face ao ano anterior. A percentagem de empresas com presença na Internet é agora 60% do número total de empresas, sendo que, no estudo anterior da ACEPI, apenas 40% das empresas tinham presença online.
Outro dado de realce que salta da análise ao estudo ACEPI é a importância crescente que as empresas, em especial as mais pequenas, estão a dar às redes sociais e aos marketplaces que estas últimas disponibilizam. O crescimento do volume das empresas com página nas redes sociais, face ao ano anterior, é significativo, situando-se atualmente nos 76% sendo que metade tem presença em marketplaces.
Pagamentos online mais eficientes contribuem para o crescimento das vendas online
O conteúdo e transparência da informação, os métodos de entrega, o carrinho de compras flexível e intuitivo e, em particular, a eficácia dos meios de pagamento das lojas online estão a ser o motor do crescimento das vendas online e encontram eco na opinião dos consumidores que, no estudo da ACEPI os consideram “muito bons”, o que demonstra a evolução das lojas nacionais nestas áreas.
Na área dos pagamentos, a entrada em vigor da autenticação forte nas compras online que assegura um maior segurança nas transações e o desenvolvimento de soluções que façam a ponte entre as exigências dos consumidores e as necessidades das plataformas de e-commerce estão a apresenta resultados muito positivos.
Entre 13 de março e 25 de abril deste ano, a REDUNIQ registou um crescimento de 333% do número de adesões às suas soluções de pagamentos online por parte dos comerciantes face ao mesmo período do ano passado.
Na base deste aumento está o reforço da solução e-commerce REDUNIQ@Payments com a adição de uma funcionalidade que permite aos negócios enviarem links de pagamento por e-mail, WhatsApp ou SMS, aumentando a rapidez e intuitividade da transação.
Assim, de forma simples prática e segura, os comerciantes podem aceitar pagamentos com cartão (Visa e Mastercard) à distância mesmo que o agente económico esteja a vender online sem site, como é o caso dos milhares que asseguram as suas vendas pelos marketplaces das redes sociais.
Os pagamentos por referência Multibanco continuam a ser o método preferido dos portugueses, mas verifica-se já um crescimento de outras formas de pagamento. Desta exigência a REDUNIQ fez nascer a solução Pagamento de Serviços , que pode ser integrado no site do cliente (integração simples no caso de ter a solução REDUNIQ E-Commerce), e assim, permite que as lojas online emitam referências para o pagamento Multibanco ou MB Way.
No caso de o comerciante vender online sem site, pode disponibilizar o pagamento por referências Multibanco e MB Way aos seus clientes de forma simples e imediata, através de um simples acesso à plataforma da REDUNIQ.
Perfil do e-shopper português
O perfil de consumidor tem vindo a alterar-se progressivamente ao longo dos últimos anos. Hoje em dia, de acordo com o CTT E-commerce Report 2019, o comprador online português carateriza-se pela predominância do género feminino (51,5%) com idades ativas dos 25 aos 44 anos (66%), logo seguido dos mais jovens (23%). A maior parte vive nas zonas urbanas (Lisboa e Porto) e pertence às classes sociais média (77%) e média alta (81%).
Em detalhe, 44% dos portugueses com mais de 25 anos compram na Internet enquanto entre os 26 e os 25 anos a percentagem se fixa nos 41%. A população estudantil, com 40% do total, é aquela que mais compra online seguida da população empregada com 32% e os 19% da desempregada.
No topo das preferências destes consumidores está, segundo o ranking elaborado pelo European Ecommerce Report 2019,o site de e-commerce chinês AliExpress seguido do eBay, Amazon, FNAC, Worten, Continente, La Redoute e, por fim, a Wook.
Como se percebe, uma boa parte dos websites preferidos dos portugueses são estrangeiros, dado que confirma Portugal (85% dos consumidores mostram-se mais interessados a comprar num retalhista estrangeiro) como o segundo país na Europa com o maior índice de compras em sites internacionais.
Quanto ao meio mais utilizado pelos portugueses em compras online, o computador lidera com 43%, enquanto os dispositivos móveis seguem atrás com 33% das preferências.
Os e-shoppers portugueses continuam a preferir comprar nos sites de marca/lojas (79%) do que em marketplaces (60%), ainda que estes últimos tenham vindo a ganhar mais espaço em grande medida devido à diversidade de oferta que apresentam.