Tudo remonta ao dia 17 de abril de 1974, data em que é assinada a escritura de constituição da Unicre. Com um capital social de dezoito mil contos, o primeiro grupo de acionistas foi constituído pelos Bancos Totta & Açores, Borges e Irmão, Espírito Santo, Fonsecas e Burnay, Nacional Ultramarino e Português do Atlântico.
Sem ainda o saber, este momento revistar-se-ia de importância capital no sistema financeiro português nas décadas seguintes. Depois de em 1979 ser autorizada a negociar contratos de representação com os sistemas internacionais de pagamento (American Express, Carte Blanche e Diner’s Club International), a Unicre emite os primeiros cartões Unibanco sob o sistema de pagamentos VISA (utilização apenas em Portugal) e, já em 1986, é parteira do nascimento da marca Redunicre, uma rede de aceitação de pagamentos que viria a iniciar a aceitação nos estabelecimentos comerciais do primeiro cartão de débito emitido em Portugal, o Cartão Totta Gold.
A história não acaba aqui
Longe da teoria do “fim da história” preconizada pelo filósofo alemão Hegel em que ele sustentava o fim dos processos de mudança, a Unicre assentava bases na inovação e desenvolvimento constante de soluções tecnológicas que transformassem a vida de consumidores e empresas portuguesas. Não é pois de estranhar que no dealbar da década de 90 do século passado, a sua marca Redunicre instalasse os primeiros Terminais Eletrónicos de Pagamento nos estabelecimentos comerciais nacionais e, vinte anos depois (2011), as suas soluções de pagamento fossem incorporadas nas portagens das auto-estradas de mão dada com a implementação da aceitação de pagamentos via smartphones e tablets PC.
Uma vertigem de engenho e inovação que, em fevereiro último, conheceu um novo capitulo com a reinvenção das suas marcas comerciais Redunicre e Unibanco. Sob o mote “O Futuro traz simplicidade”, a empresa apresentou-se com uma nova imagem que, além de transmitir uma maior abertura e proximidade aos clientes, pretendeu sublinhar a posição da Unicre no mercado como empresa de base tecnológica.
No âmbito deste rebranding, a Unibanco evoluiu para um posicionamento digital e a Redunicre passou, a partir de então, a apresentar-se, não só sob o nome REDUNIQ, como o seu âmbito de ação galgou fronteiras com soluções de aceitação para loja física e soluções de pagamentos online, não só em Portugal, como internacionalmente.
As soluções que faziam da Redunicre líder na inovação na área dos sistemas de pagamento, transitaram e desenvolveram-se com a mudança para REDUNIQ. A esse alargado leque de produtos onde se incluíam tecnologia e pagamentos Contactless, terminais de pagamento físicos e móveis Contactless – TPA Contactless, vendas e pagamentos online, e-commerce e vendas à distância, juntar-se-ão, ainda este ano, duas novas soluções que irão revolucionar a forma como se efetuam pagamentos em Portugal.
Inovação ao serviço da mobilidade
A primeira deles nasce de uma parceria entre Unicre, Transportes Intermodais do Porto (TIP) e Visa surge uma inovação que permitirá ao utente efetuar o pagamento da sua viagem em qualquer meio de transporte público do Porto utilizando somente um cartão bancário Contactless. Apesar de estar limitada, nesta primeira fase, à cidade do Porto, esta solução pioneira em Portugal tem por objetivo estender-se, no curto prazo, às principais cidades do país.
Esta inovação será o início da mudança de paradigma do setor dos transportes em Portugal, pela conveniência, simplicidade e rapidez que traz ao consumidor. Com o firme propósito de alargar este projeto a toda a rede de transportes públicos das principais cidades do país, acompanhando a tendência das principais metrópoles do mundo, como Londres, Singapura, Rio de Janeiro e Nova Iorque, a REDUNIQ pegou no legado Redunicre para o levar ainda mais longe num momento em que, devido à pandemia de Covid-19, Portugal e o mundo procuram com mais afinco do que nunca por soluções de pagamento que diminuam o contacto com dinheiro físico e se adaptem a um tipo de consumo que privilegia o online sobre o presencial.
Inovação ao serviço das transações
Segundo os dados do relatório REDUNIQ Insights, entre março e junho deste ano, o peso do Contactless duplicou na faturação global dos negócios portugueses e a adesão a meios de pagamento online por parte dos comerciantes teve um crescimento de 333%. Para além de significar que a economia cashless está a disseminar-se de forma pujante em Portugal, estes números implicaram, da parte da REDUNIQ, uma viagem à solução @Payments, herdada da Redunicre, para lhe adicionar uma nova funcionalidade que se adapta completamente à nova tipologia de consumidor e negócio.
Se o REDUNIQ @Payments já permitia aos negócios aceitarem pagamentos com cartão à distância, de forma simples, prática e segura através do envio de um e-mail para o cliente, há um par de meses passou a permitir, de igual modo, que o link de pagamento possa ser enviado por WhatsApp ou SMS aumentando a rapidez e intuitividade da transação.
Criada para negócios (com ou sem website) que pretendam aproveitar as potencialidades do digital para alavancar as vendas à distância e receber pagamentos online, este novo serviço dá ao agente económico acesso a um backoffice que lhe permite emitir links de pagamento para os seus clientes, que são, por sua vez, enviados por e-mail, SMS ou WhatsApp. O cliente recebe a mensagem, clica no link e entra numa página segura de pagamento. O negócio recebe a confirmação do pagamento e pode criar/fazer/expedir o seu produto ao cliente, com a confiança de ter já o pagamento realizado.
Para além de não ter mensalidades, receitas mínimas, custos de adesão e não necessitar de integração ou desenvolvimento, esta nova solução REDUNIQ permite aos comerciantes fazerem do WhatsApp o centro nevrálgico do seu negócio.
Parecem longínquos os tempos em que a Redunicre deu aos negócios portugueses a possibilidade de se lançarem no futuro com a aceitação de cartões de débito e cartões de crédito através de um terminal de pagamento automático. Do mesmo modo, implementou o Contactless e procurou andar a par do desenvolvimento tecnológico em matéria de pagamentos que os primeiros smartphones trouxeram consigo na primeira década dos anos 2000. A mudança de nome e alteração na imagem foi apenas um parêntesis numa história que, como se percebe, continua a ser escrita com o mesmo foco no futuro, desta feita sob o nome REDUNIQ, mas com o mesmo objetivo: inovação.
