Para investirem, aumentarem a sua capacidade produtiva e tornarem-se mais produtivas, as empresas precisam muitas vezes de apoio financeiro externo. Segundo o Ministério da Economia, a procura de crédito para empresas tem vindo a aumentar consecutivamente desde 2014. Existem várias opções que se adaptam às várias fases da vida de um negócio, desde a criação à internacionalização passando pelo simples saldar de dívidas, as empresas têm à sua disposição diversas soluções de crédito.
Contrair um crédito empresarial, como referimos, deve levar em conta o fim a que se destina.
As empresas têm perfis e objetivos diferentes, por isso nem todas têm as mesmas necessidades ou os mesmos motivos para recorrer ao crédito bancário, daí que o melhor é mesmo avaliar as soluções que as várias instituições financeiras disponibilizam, escolhendo, juntamente com elas, a melhor solução para o seu caso particular.
A expansão de um negócio; o financiamento para a compra de equipamentos ou para a aquisição de novas instalações; um plano de restruturação ou internacionalização; entre muitos outros podem constituir-se como boas razões para recorrer a este tipo de crédito para negócio.
Linhas de financiamento público ao dispor das empresas no site do IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação), créditos bancários, cartões de crédito empresariais e até créditos para empresas iniciantes ou micro através de créditos pessoais, é longa a lista de oportunidades de financiamento, mas há que escolher bem, pois isso terá um impacto direto na saúde financeira do negócio.
Ao longo das próximas linhas vamos passar em revista alguns dos tipos de créditos empresariais mais utilizados em Portugal e explicar como os utilizar na gestão do dia-a-dia da sua empresa.
Linhas de financiamento com apoio público
Com spreads, normalmente, reduzidos e prazos de reembolso alargados, as linhas de financiamento público oferecem um leque alargado de oportunidades de crédito, mas obedecem a critérios apertados, têm uma grande procura (o que pode atrasar o processo de financiamento) e, cada uma delas, destina-se a um fim muito específico: exportação, reforço de tesouraria a curto prazo, criação de empresa, investimento, inovação, reforço de capitais próprios ou revitalização.
As organizações que pretendam fazer uma simulação de crédito para empresas através de linhas de financiamento com apoio público, encontram no IAPMEI um simulador que lhes permite verificar se existem, no momento, linhas abertas para o seu ramo de atividade.
Créditos bancários “clássicos”
No caso dos créditos bancários “clássicos”, esta é uma forma de financiamento adequada no caso de a empresa estar moderadamente endividada e com boa capacidade de gerar cash flows. Empresários com negócios nestas condições podem recorrer a empréstimos bancários para financiarem as suas operações e programas de expansão com condições muito vantajosas sem cederem parte do controlo da empresa. Este tipo de crédito acaba por ser aconselhável nos casos da expansão de um negócio lucrativo, financiamento de uma grande aquisição (equipamentos, instalações, etc.) ou quando o cash flow da empresa é forte e seguro.
Linhas de crédito e factoring
As possibilidades de financiamento através de empréstimos financeiros não se esgotam no empréstimo bancário clássico.
As linhas de crédito são uma forma de empréstimo bancário flexível, orientado para o curto prazo, em que a instituição credora confere à empresa o direito de, dentro de um plafond previamente acordado, retirar fundos consoante as suas necessidades de tesouraria. As linhas de crédito são especialmente indicadas para fazer face a insuficiências temporárias e previsíveis de tesouraria (frequentes, por exemplo, em negócios sazonais) ou para prevenir o aparecimento de rupturas inesperadas.
O factoring é igualmente um instrumento de gestão de tesouraria, ou seja, de cobertura das necessidades de curto prazo. O contrato de factoring consiste na cedência dos créditos da empresa a uma sociedade especializada que se responsabilizará pela cobrança desse crédito. A factoring adianta uma parcela do valor desse crédito à empresa, recebendo em troca uma comissão. Este método tem a vantagem da empresa poder realizar os seus créditos sem estar dependente do prazo de pagamento dos clientes. Tem a desvantagem do custo associado, que reduz a rentabilidade das vendas.
Cartões de crédito empresariais e crédito pessoal (micro e pequenas empresas)
Apesar de apresentar características semelhantes às de um cartão de crédito para particulares, o cartão de crédito empresarial apresenta características específicas que permitem atender às necessidades das organizações em âmbitos tão diversos como pagamento de combustíveis, prémios, adiantamentos, compra de equipamentos, viagens corporativas, despesas de representação ou até compra de licenciamento ou realização de carregamentos para investimentos em plataformas de compra de publicidade como Google, Facebook e Instagram.
Veja-se o caso dos cartões de crédito para empresas do Unibanco. Para além das potencialidades expostas no parágrafo anterior, estes cartões Business Unibanco permitem que as empresas reduzam os custos administrativos (centralização de contas e melhor planeamento financeiro), a separar as despesas pessoais e profissionais (caraterização de despesas) e ainda dão acesso ao Portal Gestão de Empresas onde entre outras opções, as empresas podem controlar o número e os limites de utilização de cada cartão, controlar as despesas consolidadas da empresa e de cada colaborador, detetar (em tempo real) situações irregulares, consultar os setores de atividade e fornecedores mais utilizados e pedir alterações no limite de utilização.
Para além das vantagens para a organização, os cartões Unibanco disponibilizam também para o seus utilizadores uma App, que permite acompanhar onde e quando quiser todas as operações realizadas, definir alertas de segurança para maior controlo, aceder a um gestor de despesas, realizar pagamentos de compras e serviços e realizar pagamentos mesmo quando não tem o cartão consigo, utilizando a App e o seu smartphone.
Com taxas de crescimento recorde durante esta pandemia, soluções de pagamento online para plataformas e-commerce ou a utilização de tecnologia Contactless em compras físicas afirmaram-se como o expoente máximo do que acabamos de referir.
Entre março e abril deste ano, os dados compilados pela REDUNIQ Insights dizem-nos que o número de adesões às soluções de pagamento online REDUNIQ como o REDUNIQ@Payments (permite pagamentos à distância por e-mail, SMS ou WhatsApp), o E-Commerce e o pagamento por emissão de Referências Multibanco com integração simples, registou um crescimento de 333% face ao mesmo período de 2019.
De igual modo, o crescimento prolongado e sustentado do peso das transações contactless (cartão/smartphone, etc) na faturação dos negócios portugueses ao longo de 2020, faz disparar a necessidade das empresas se adaptarem aos novos hábitos de pagamento dos clientes. Esse desiderato passa pela aquisição de um terminal de pagamento automático que acomode pagamentos contactless como acontece com a solução TPA Contactless da REDUNIQ.
Sem custos de adesão associados, este terminal garante ao comerciante uma redução de custos com o manuseamento do dinheiro, transações médias mais elevadas e a garantia de que o pagamento se realmente se efetua.