Faturação em Portugal ultrapassa valores de pandemia em julho


Apesar da faturação global dos negócios portugueses ainda não ter atingido os valores pré-pandémicos, os últimos dados revelados pelo relatório elaborado pela solução de conhecimento REDUNIQ Insights mostram que nas primeiras três semanas de julho, o valor total facturado pelos negócios em Portugal superou os números registados na primeira semana de março.

Enquanto na semana de 5 a 11 de julho a faturação alcançou mais 1% face ao período pré-Covid, na segunda e terceira semanas de julho, o valor total faturado pelos negócios em Portugal superou em 5% os números registados nos primeiros dias de março.

Na análise mensal, que utiliza fevereiro como base de comparação (último mês anterior à pandemia), verifica-se que o mês de junho destacou-se por registar valores transacionais próximos dos valores registados antes da chegada da Covid-19 a Portugal. Ao nível do número das transações, o mês passado alcançou 89% do total registado em fevereiro, enquanto o montante total de faturação esteve na ordem dos 93% dos valores atingidos no segundo mês do ano. Da mesma forma, o número de pontos de venda também se aproximou dos valores anteriores à pandemia (94%).

 

Evolução Semanal da Faturação e Transações 2020

De acordo com o relatório, estes números evidenciam que se mantem uma sustentada cadência de recuperação corroborada pelo crescimento semanal dos valores absolutos de faturação face às semanas prévias.

Parte importante na economia do país e, em particular do setor do Turismo, o peso da faturação estrangeira tem subido, mas ainda se encontra muito longe do que aconteceria num ano dito normal. Em junho, a faturação estrangeira registou um peso de 10,41% desta categoria no total da faturação dos negócios, apesar do seu crescimento face ao mês anterior e do impulso permitido pela reabertura das fronteiras, em contraponto com os 25,62% anotados no mesmo período do ano anterior.

Apesar deste cenário, observa-se uma recuperação da faturação estrangeira entre junho e julho, de 5,90% da faturação total para 10,41%.

Evolução do Peso da Faturação Estrangeira no Total da Faturação

Numa análise mais detalhada setor a setor, o relatório mostra que de junho para julho se registou uma recuperação da variação homóloga em quase todos os setores analisados (à exceção da área da saúde), sendo que seis setores obtiveram este mês uma variação homóloga positiva, com destaque para as farmácias (56%), o retalho alimentar tradicional (35%), e os eletrodomésticos e tecnologia (25%).

Esta recuperação é visível, igualmente, na evolução do número de pontos de venda ativos por setor. Na generalidade, verificou-se uma recuperação na abertura de praticamente todos os pontos de venda, tendo como referência os números de fevereiro. O único setor que contraria esta tendência é o da Hotelaria e Atividades Turísticas, que se encontra a operar 20% abaixo do valor observado em fevereiro, apesar de estar a recuperar desde abril, mês em que registou apenas 32% de pontos de venda ativos. Já ao nível de perdas acumuladas desde o início do ano até 18 de julho (em comparação com o ano anterior), este setor alcança perdas na ordem dos 69%.

Evolução Mensal da Faturação, Transações, Pontos de Venda Ativos, Ticket Médio 2020

Apesar das perdas serem preocupantes, o setor da Hotelaria (em 2019 representava 8,7% do PIB nacional) encontra-se em crescimento há quatro semanas consecutivas, com destaque para a semana da abertura das fronteiras, em que o crescimento da faturação rondou os 40% face à semana anterior.

Para além da Hotelaria, também a moda, as Perfumarias e a Restauração estão a sentir os efeitos da pandemia na sua faturação, com perdas acumuladas até 18 de julho e face a 2019 de 46, 43 e 28%, respetivamente.

Evolução Homóloga da Faturação por Categoria

Se áreas como a hotelaria têm estado a enfrentar dificuldades, as soluções de pagamento online e Contactless, em especial esta última, registaram crescimentos históricos e vaporizaram completamente os registos do ano passado.

Se em relação aos pagamentos e-commerce, vulgo pagamentos online, o grosso do crescimento verificou-se durante o período de confinamento obrigatório, altura em que se registou um crescimento de 333% do número de adesões a soluções de pagamentos online face ao período homólogo, o Contactless continua numa espiral ascendente.

Só este mês, os pagamentos contactless tiveram um crescimento de 262% face ao período homólogo. Atualmente, os pagamentos efetuados através da tecnologia contactless têm um peso de 26% na faturação total (24% em junho), enquanto em julho de 2019 essa percentagem era de apenas 6%.

Faturação Contactless Evolução Homóloga

Em termos de peso do Contactless por setor de atividade, este registou crescimentos médios a rondar os 30 pontos percentuais em quase todas as categorias. Esta é uma tecnologia que permite o pagamento de um bem/serviço por aproximação de um cartão contactless a um terminal de pagamento automático também contactless.

O “pelotão” é liderado pela Restauração com 60% (23% em 2019), seguido pelo setor das Farmácias com 56% (15% em 2019) e Cabeleireiros (6% em 2019) e Artigos de Casa/Decoração (11% em 2019) ambas com 46%. Setores como a Saúde, Acessórios Automóveis e Oficinas e Saúde registaram os maiores “saltos” face ao ano anterior.

Em relação ao ticket médio (valor médio registado em cada transação), o documento não deixa margem para dúvidas um aumento generalizado deste valor em todos os sectores de atividade, em especial para a área dos Eletrodomésticos & Tecnologia que passou de 43,21 euros em 2019 para 54,38 euros em julho de 2020 (dados até dia 18).

Faturação Contactless Peso

A maior higiene, rapidez e comodidade deste género de pagamentos não explicam na sua totalidade este fenómeno. De acordo com os dados que têm vindo a serem compilados pela REDUNIQ, estes indicam que as transações Contactless são já parte integrante do quotidiano dos consumidores e negócios portugueses naquilo que definem como um “comportamento que se democratizou”.

Em linha com esta ideia, a REDUNIQ coloca ao dispor dos comerciantes um terminal de pagamento automático (TPA físico ou móvel) com tecnologia contactless integrada para que o pagamento seja processado de forma segura e higiénica.

Este TPA Contactless, para além de permitir transações mais rápidas e diminuir do risco de propagação do vírus, uma vez que o pagamento se efetua sem que cartão (ou wearables como smartphones, etc.) e terminal de pagamentos se toquem, também permite ao comerciante uma redução de custos com o manuseamento do dinheiro, transações médias mais elevadas e a garantia de que o pagamento realmente se efetua.

 

Para aceder ao relatório completo REDUNIQ Insights: Retalho | A Fisionomia do Desconfinamento em Curso [23 de Julho de 2020] por favor clique AQUI

Poderá consultar os restantes relatórios em REDUNIQ Insights.