Depois da tempestade económica provocada pela pandemia, a bonança chegou aos negócios portugueses que, em 2022, registaram um crescimento de 33% na sua faturação face a 2021 graças, em grande medida, à retoma do setor do Turismo.
Evolução da Faturação Total 2022 vs. 2021
De acordo com o relatório transacional REDUNIQ Insights relativo ao ano passado, os negócios portugueses faturaram mais 33% do que em 2021, um crescimento fomentado e justificado pelo aumento de faturação estrangeira (+101%) e, em menor grau, do consumo nacional (+23%).
Faturação Estrangeira cresceu 101% em 2022
Em relação à faturação estrangeira, o relatório diz-nos que 31% da mesma foi alocada, sem surpresa, ao setor da Hotelaria & Atividades Turísticas, 19% em Restauração e 13% em Hipers & Supers. De sublinhar que, o verão do ano passado, ficou marcado pela recuperação quase total (+30% em comparação com 2021) da atividade turística face ao período pré-pandémico.
Ainda no item “faturação estrangeira”, os maiores contributos para estes resultados tão positivos devem-se aos turistas franceses (14% do total da faturação estrangeira), britânicos (13%), americanos (10%), irlandeses (9%) e espanhóis (7%).
No caso da faturação originária em cartões franceses, o Centro com 52,5%, o Norte com 45,3% e o Alentejo com 43,5% foram as regiões em que a França alcançou o primeiro lugar deste ranking, o que nos leva a especular, sobretudo no caso das regiões a norte do Mondego, que a maior faturação se possa ter devido a um regresso em força dos nossos imigrantes durante o verão.
Ainda na rubrica origem da faturação estrangeira, destaque para a perda de relevância do Reino Unido (em 8 pp) e a entrada da Irlanda no TOP5, com a saída da Alemanha, em relação a 2019.
Faturação Nacional cresceu 23% face a 2021
No caso do consumo nacional que, como já vimos, cresceu 23% face a 2021, a liderança continua a pertencer ao setor dos Hipers & Supers com 37%, seguido das Papelarias (livrarias, revistas e tabaco) com 13%, das Gasolineiras com 11% e da Moda com 9%. Com a normalização dos modelos de consumo no pós-pandemia, é de sublinhar a perda de peso dos Hipers & Supers, enquanto os Combustíveis, a Restauração e a Moda recuperaram para níveis próximos do histórico.
Face a estes resultados e tendências, os distritos que acabaram por registar um maior crescimento foram sem surpresas, aqueles em que o setor do Turismo é mais significativo.
De acordo com o REDUNIQ Insights, Faro liderou o ranking da faturação a nível nacional com um crescimento da faturação dos seus negócios de 44% (88% de crescimento da faturação estrangeira), seguido de perto pela Madeira com um aumento de faturação na ordem dos 42% (99% de crescimento da faturação estrangeira), Lisboa com 41% (134% de crescimento da faturação estrangeira), Açores com 34% no total (117% de crescimento da faturação estrangeira) e Porto com um aumento de faturação de 31% no total (116% de crescimento da faturação estrangeira).
Como se pode observar no gráfico, Lisboa foi o único distrito em que o consumo nacional cresceu com alguma expressão (3 p.p.) acima da média nacional, reflexo do “normalizar de uma cidade impactada pela consolidação de modelos de teletrabalho em muitas das suas atividades económicas de serviços”.
De realçar que, em relação à compra média registada em cada distrito, o destaque vai para a Madeira e Faro que apresentam os valores mais elevados. Na mesma rubrica, mas por setor de atividade, a Hotelaria&Atividades Turísticas com um ticket médio (valor médio gasto em cada compra) de 144€ apresenta o valor mais elevado, seguido pelos 119€ nos Acessórios de Automóveis e Oficinas e dos 118€ nos Eletrodomésticos & Tecnologia.
75% das transações em Portugal são feitas através da tecnologia Contactless
O Contactless é, sem sombra de dúvidas, a grande estrela no panorama dos pagamentos em Portugal.
Se, em 2019, apenas 16% das transações se realizavam com recurso a esta tecnologia de pagamentos, no final do ano passado, esta percentagem atingia já os 75%, mais 9% do que aquilo que foi registado em 2021.
Esta performance impressionante do contactless acaba, necessariamente, por ter reflexo na faturação dos negócios portugueses. No período em análise, o peso do contactless na faturação dos negócios atingiu os 56%, mais 10% do que em 2021 e mais 50% do que aquilo que se registava no antes da pandemia.
O crescimento do contactless em Portugal é visível, ainda, no valor médio de compra. Diz-nos o relatório que
“considerando uma compra média em contactless de aproximadamente 25€ (naturalmente abaixo do valor médio no sistema), este modo de pagamento passou, em 2022, a representar mais de metade da faturação REDUNIQ”.
De forma a ajudar os negócios portugueses a adaptarem-se a este novo tipo de pagamento e aumentarem as suas vendas, a REDUNIQ oferece uma vasta e diversificada gama de terminais de pagamento automático (TPA) que, além do providencial contactless, providenciam aos retalhistas uma sem número de funcionalidades que tornam a sua atividade mais móvel e digital.